Robinho é preso em Santos pela PF e vai cumprir pena de 9 anos por estupro na Itália

Ex-jogador condenado na Itália tem pedido de habeas corpus negado pelo STF e é detido pela Polícia Federal

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Clayton Lima Nitro News Brasil 21 de março de 2024, 20:14 (Horário de Brasília)

Foto: O globo

Robson de Souza, mundialmente conhecido como Robinho, enfrenta um momento decisivo em sua vida após ter sido preso pela Polícia Federal nesta quinta-feira (21), em Santos, litoral de São Paulo. A ação ocorreu após a Corte Especial do Superior Tribunal de Justiça (STJ) decidir pelo cumprimento da sentença italiana que o condenou a 9 anos de prisão por estupro coletivo em 2013.

O ex-jogador foi detido no prédio em que morava, localizado no bairro Aparecida, em Santos. De acordo com informações apuradas, Robinho será submetido a uma audiência de custódia ainda nesta noite, perante a Justiça Federal.

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O caso remonta a 2013, quando o crime contra uma mulher albanesa ocorreu na Itália. Após nove anos, a justiça italiana proferiu a decisão condenatória contra Robinho, sendo esta a última instância de julgamento.

A prisão de Robinho foi realizada por volta das 19h, conforme determinação da Justiça Federal de Santos, após a homologação dos documentos da sentença. O ex-jogador deve passar por exame de corpo de delito na sede da Polícia Federal e, posteriormente, por uma audiência de custódia.

A decisão da Corte Especial do STJ foi o desfecho de um julgamento que teve início no dia anterior, realizado de forma remota. Os ministros votaram em três quesitos: a condenação, o regime e a aplicação da pena. Por maioria, foi decidido que Robinho cumprirá a pena de 9 anos em regime fechado, com homologação imediata da decisão, o que resultou em sua prisão.

Os advogados do ex-jogador também tentaram ingressar com um habeas corpus junto ao Supremo Tribunal Federal (STF) para evitar a prisão, mas o pedido foi negado pelo ministro Luiz Fux, relator do caso.

O crime pelo qual Robinho foi condenado ocorreu em 2013, quando ele era jogador do Milan, clube de futebol sediado em Milão, na Itália. Junto com outros cinco homens, ele foi considerado culpado de estuprar uma mulher albanesa em uma boate na cidade. A vítima estava inconsciente devido ao consumo excessivo de álcool.

O processo teve seu desfecho com uma sessão presidida pelo ministro vice-presidente do STJ, Og Fernandes, e relatada pelo ministro Francisco Falcão. Os trabalhos foram transmitidos pelo canal do STJ no YouTube, com a apresentação dos argumentos dos advogados seguida dos votos dos ministros.

Antes da condenação definitiva, Robinho era uma figura frequente nas redes de futevôlei da região de Santos. Após o veredicto italiano, ele continuou praticando o esporte, agora preferencialmente em sua quadra particular no Jardim Acapulco, em Guarujá.

A justiça italiana solicitou a homologação da sentença estrangeira ao Brasil, já que a legislação nacional impede a extradição de brasileiros natos para cumprimento de penas no exterior. Em novembro, o Ministério Público Federal defendeu que Robinho cumprisse a pena em solo brasileiro.

Com a prisão de Robinho e a decisão do STJ, o ex-jogador enfrentará as consequências de seus atos, encerrando um capítulo controverso em sua carreira. O desfecho desse caso traz à tona discussões sobre a responsabilidade e o comportamento de figuras públicas, bem como a eficácia do sistema judicial em casos de violência sexual.