Empresária morta em SP era agiota e amiga foi presa suspeita do crime, diz polícia

Segundo A Polícia, Vítima Mandou Um Áudio Ao Namorado Relatando Ter Descoberto Um Roubo Por Parte Desta Amiga, Também

A empresária Thays Rocha Secundino, de 28 anos, encontrada morta dentro de um carro na Zona Leste de São Paulo, era também agiota, segundo apurado pela Polícia Civil. Uma das melhores amigas dela, Cintia Peixe, que era quem fazia as cobranças dos empréstimos feitos pela vítima, foi presa suspeita pelo homicídio.

Em entrevista ao Brasil Urgente, da TV Bandeirantes, a delegada Ivalda Aleixo, chefe do Departamento Estadual de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), também explicou que as investigações apontam que a empresária pode não ter sido assassinada dentro do carro, já que não havia muito sangue no veículo.

“Thais e Cintia eram amigas há bastante tempo em outro tipo de trabalho que elas tinham. A Thais se deu bem financeiramente, chegou a informação que a família dela tem a condição financeira boa lá em Minas Gerais, e ela abriu essa adega e consta também que ela era sócia de uma boate. Então, ela deu emprego a Cintia, que era a responsável por fazer cobranças. No caso, a Thais havia partido para o lado da agiotagem”, disse a autoridade policial.

Segundo a delegada, além de Cintia, também foi preso o motorista dela, Leandro Santos. Ambos são suspeitos após divergências em seus depoimentos e também devido ao namorado de Thais relatar que ela teria ido cobrar explicações da amiga naquele dia, após descobrir que vinha tendo dinheiro desviado por ela.

“Ela [Thais] emprestava dinheiro a um valor cobrando juros, bastantes altos, e a Cintia ganhava uma comissão [para cobrar as dívidas]. O Leandro ganhava um salário para ser o motorista da Cintia nessas cobranças que ela fazia semanalmente. Ele ganhava uma porcentagem que a Cintia pagava. Os dois vinham roubando a Thais, e ela descobriu. A dupla não tinha nenhum vínculo afetivo”, acrescentou a delegada ao Brasil Urgente.

Ainda de acordo com a autoridade policial à frente do caso, Thais foi morta com ao menos 16 facadas. Cintia, considerada suspeita pelo crime pela polícia, teria chorado pela morte da amiga e pedido por justiça.

“Ela chorava muito, lamentava demais a morte, estava muito inconformada. Até então considerávamos que eles [amiga e motorista] seriam testemunhas [do crime]”, disse a delegada, reforçando que as investigações depois os apontaram como principais suspeitos na morte da empresária.