Ataques a ônibus: quem é Faustão, sobrinho de miliciano morto no Rio

Morte de Matheus da Silva Rezende, conhecido como Faustão, desencadeou uma série de ataque a ônibus no Rio de Janeiro

Reprodução/Redes sociais

A cidade do Rio de Janeiro foi palco de uma onda de ataques a ônibus após a morte de Matheus da Silva Rezende, mais conhecido como “Faustão” ou “Teteu.” Faustão, sobrinho do miliciano Luís Antônio da Silva Braga, também conhecido como “Zinho,” faleceu em um confronto com policiais civis na zona oeste da cidade. Sua morte desencadeou uma série de eventos violentos que resultaram na queima de pelo menos 35 ônibus na capital fluminense.

Milícia comandada por Zinho e o legado de Faustão

Zinho lidera uma organização criminosa que opera principalmente na zona oeste do Rio de Janeiro. O Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) revelou que essa milícia impõe “taxas” a comerciantes e prestadores de serviços nas áreas que controlam, além de ser suspeita de corromper agentes das Forças de Segurança. Faustão era considerado o segundo na linha de sucessão dessa milícia, o que lhe conferia um papel significativo na estrutura criminosa.

Compra de armas via Pix

No final de agosto do ano passado, a quadrilha de Zinho, a principal milícia do Rio, esteve no foco de uma operação da Polícia Federal (PF). Essa ação investigava a compra de armas por meio do Pix. Conversas entre membros do grupo foram interceptadas por agentes federais e do Ministério Público, revelando detalhes sobre a aquisição de três fuzis que custaram R$ 180 mil. Matheus, também conhecido como Faustão, possui um mandado de prisão relacionado a essa operação da PF.

Implicações no assassinato de Jerominho e seu cunhado

Além do seu envolvimento na compra de armas, Faustão é acusado de participar do assassinato do ex-vereador Jerônimo Guimarães Filho, conhecido como Jerominho, e de seu cunhado Maurício Raul Attalah, em agosto de 2022, no Rio de Janeiro. Matheus e outros cinco criminosos respondem por homicídio e associação criminosa nesse caso. A morte de Jerominho teria sido motivada por uma suposta tentativa do ex-vereador de retomar o controle da milícia atuante na zona oeste do Rio.

Ataques a ônibus desencadeados pela morte de Faustão

A morte de Matheus, conhecido como Faustão, desencadeou uma série de ataques a ônibus no Rio de Janeiro. Até o momento, dezenas de veículos foram incendiados em vários pontos da zona oeste da cidade, causando preocupação e tensão na região.

Reação do Governador Cláudio Castro

O governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL), parabenizou a Polícia Civil pela morte de Faustão, destacando que ele era “responsável pelas guerras por territórios que aterrorizam os moradores no Rio.” Em suas redes sociais, Castro expressou seu apoio às ações das forças de segurança e enfatizou a determinação de combater o crime organizado, afirmando que as medidas adotadas para asfixiar as atividades criminosas têm trazido resultados diários.

Em meio a essa escalada de violência, o Rio de Janeiro enfrenta desafios significativos na luta contra o crime e a milícia. A morte de Faustão e os subsequentes ataques a ônibus colocam em evidência a complexidade das questões de segurança pública na cidade, demandando esforços contínuos para garantir a paz e a segurança dos cidadãos.