Ônibus é incendiado na Zona Sul de São Paulo; polícia prende suspeito

Segundo informações iniciais, o incêndio foi para roubar o comércio na região. Nada foi roubado. Um suspeito foi preso.

Antes de atearam fogo no veículo, os criminosos atravessaram o coletivo na Avenida Carlos Barbosa Santos, altura do número 600. A Polícia Militar diz que trocou tiros com os suspeitos de atear fogo no ônibus na Avenida Belmira Marim. No local, outro ônibus ficou atravessado na via, teve os vidros quebrados, mas não chegou a ser incendiado com a chegada dos policiais.

Os bombeiros tentavam controlar as chamas por volta das 6h40. A São Paulo Transportes (SPTrans) informou que os dois veículos estavam em operação quando foram abordados. Os criminosos mandaram os passageiros, além dos motoristas e cobradores deixarem os veículos.

As avenidas Carlos Barbosa Santos e Dona Belmira Marin foram interditadas e quatro linhas de ônibus estavam sendo desviadas até o início da tarde desta quarta-feira (2).

Os criminosos não levaram nada depois dessa confusão toda e ninguém, tirando o suspeito, se feriu.

Moradores do Grajaú registraram o clarão que se formou na avenida Carlos Barbosa Santos por causa do fogo.

“Queimou a rede elétrica todinha aqui e aqui também é uma falta de segurança danada. De quatro para cinco da manhã é direto assalto em ponto de ônibus. Pessoal sai para trabalhar, os motoqueiros vêm e assaltam a gente”, conta um deles.

O ônibus tinha acabado de entrar em operação, quando foi parado perto do Parque Shangrilá. Segundo a polícia, o incêndio fazia parte de um plano para assaltar um comércio da região. A ideia era dificultar a aproximação dos policiais.

Na Avenida Belmira Marin, a menos de um quilômetro de onde o ônibus foi incendiado, outro veículo foi atravessado na pista. Os vidros foram quebrados, mas uma equipe da polícia chegou antes que ele também fosse incendiado, como conta o motorista do ônibus.

“Tinha bastante passageiro no ônibus. E ficaram todos assustados, porque vieram duas motos, com quatro elementos. Um entrou no ônibus, me abordando, pedindo pra que eu seguisse viagem. E de repente, pediram para os passageiros descerem no meio do caminho e pediram que eu desse continuação sozinho com o ônibus. Que ele queriam, na verdade, colocar fogo no ônibus. E aí, encostei o ônibus. Quando eu estou manobrando, eles queriam que eu fizesse do jeito deles. Eu fiquei perdido, sem saber o que fazer. De repente, eles não gostaram, porque eu estava demorando, e deram um tiro para acertar em mim. Mas deus me deu um livramento. Estou aqui, na graça de Deus. E a tempo, a polícia chegou e começou a troca de tiros”, afirma.

Uma moradora conta que acordou com o barulho dos tiros.

“Por volta das cinco e pouco da manhã, eu acordei, tipo, com alguém se debatendo, não sei. Tipo uma confusão. “daí a pouco”, eu olho pra avenida, puxei a janela, aí olho, tinha um carro prata parado lá. Aí teve uns tiroteios. Meu filho acordou assustado. E depois, o carro desceu a rua e os policiais foram chegando, né? Os policiais foram chegando. E teve muito tiro na rua. Teve muito tiro. Chegou a amassar alguns portões. Bateu num carro da rua também”, relata.

Um dos disparos atingiu um suspeito, que foi preso depois de tentar se esconder em uma área de mata.

Duas semanas antes, o Grajaú viveu cena parecida. Cerca de 15 criminosos invadiram um supermercado, roubaram o dinheiro de caixas eletrônicos e colocaram fogo em dois ônibus para fugir.

O caso será registrado no 101ºDP, Jardim das Imbuias.

Fonte: G1