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Pagodeiro Mikael fala das influências do samba carioca e da cultura amazonense em seu repertório

 A cultura amazonense traz diversos traços da miscigenação de diversos povos, como os índios e os europeus. E isso nós podemos perceber nas celebrações culturais, tendo o Festival de Parintins, que mostra uma identidade muito forte em danças, músicas e outras representações artísticas. Mas além disso, a região amazônica consegue se destacar por agregar e receber diversos estilos musicais, como o sertanejo, forró e também o pagode.

Nascidos no Rio de Janeiro, o samba e o pagode carregam traços da cultura carioca. Contudo, com a expansão para todo o Brasil, esses estilos começaram a enriquecer ainda mais com a adoção de características de outros estados e regiões, como é o caso do pagode na Amazônia.

Eu acredito que o samba e pagode representam muito o Brasil. É uma parada muito complexa. Por exemplo, tem um samba da Bahia e tem o pagode carioca. A gente carrega mais o pagode do tradicional, que é o do Rio de Janeiro. E a gente tenta colocar um pouco da nossa região nos estilos, sendo um estilo Boi-Bumbá. Alguns estilos meio indígenas que colocamos nos arranjos do pagode, samba e outros”, disse o pagodeiro amazonense Mikael, de 25 anos.



Reconhecido por diversos trabalhos, como “Melhor que Balada” e “Olha o que Virou”, que foi lançado recentemente, Mikael está expandindo sua carreira em shows e eventos não apenas regionais, mas também nacionais. Tendo a música como algo que moldou a sua vida, personalidade e espírito, o pagodeiro conta algumas influências da cultura do Rio de Janeiro em seu trabalho e também nos costumes da boemia amazonense.

A Música marca a minha vida desde muito novo. Eu sempre falo que Manaus é a cidade mais carioca do Brasil, porque é tudo que o carioca gosta. A gente gosta muito de pagode, carnaval, churrasco e feijoada. A gente tem esse lado muito forte do povo carioca”, explica Mikael

Sendo filho de um carioca, o cantor Mikael carrega consigo toda a representatividade do povo amazonense, e essa mistura de estilos, costumes e culturas são o que marcam o nosso Brasil. De acordo com o artista, a Banda Carrapicho, o Festival de Parintins e outros artistas conseguiram abrir as portas do cenário nacional a diversos outros cantores e, graças a isso, hoje ele pode levar um pouco da sua regionalidade a outros cantos do país.

Eu não venho cantando uma música regional, eu venho cantando uma música popular que é o samba e o pagode. Mas muitos artistas daqui abriram as portas do cenário musical. Então é uma responsabilidade muito grande para mim em apresentar a minha música.A galera gosta e curte. E eu acredito que o Amazonas merece ter uma, duas e várias vozes no cenário nacional. E a gente vai trabalhar para que isso possa acontecer”, disse ele.

 

 

 

 

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